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Oi!

Sou a Bruna. Atriz, diretora, mãe de três… e alguém que sempre precisou criar pra dar sentido às coisas. Às vezes pintando, às vezes escrevendo, cantando, às vezes falando sozinha e interpretando cenas que inventava do nada. Sempre foi assim — uma forma de me expressar, de entender o mundo e de me entender dentro dele.

Comecei a atuar ainda no Brasil, de um jeito totalmente livre, sem pressão. Era prazer. Uma mistura de diversão e terapia. Nunca foi sobre carreira naquela época — era sobre sentir.

Fui mãe aos 20, depois aos 23, e mais uma vez aos 29. Deixar aqui uma frase de efeito bonita, não seria eu. É bem difícil ser mãe nessa idade e tentar abraçar o mundo ao mesmo tempo. Como muitas, ali você perde a sua identidade e passa a ser “a mãe“. E agora pensa nisso para uma pessoa que precisa da conexão com ela mesma para poder criar…

– Um dia, em uma sessão de terapia, minha terapeuta disse: “Bruna, você já percebeu que você só é quem você é porque é mãe de 3 crianças? Que se fosse mãe de 2 seria diferente? Que se morasse em Londres seria diferente? Que se gostasse de côco (só tomo a água) e gostasse menos de chocolate seria diferente?” E assim eu entendi que precisava aceitar 100% das minhas partes e perceber que só estamos onde estamos porque temos exatamente as características que temos hoje – gostando ou não. –

E assim me conectei com partes de mim que talvez eu nunca tivesse conhecido se não fosse por eles. Criei meus filhos ao mesmo tempo em que fui me criando como artista e como mulher.

Lá atrás, abri minha produtora, a Artic Films. E por mais de 10 anos mergulhei em produções internacionais, montando equipes, lidando com diferentes culturas, criando projetos do zero. Foi intenso, bonito, desafiador. A Artic foi a forma que encontrei de construir a minha ponte com o mundo.

Em 2018, a vida mudou de novo — e a gente veio pra Barcelona. Eu, os meninos e meu marido. A maternidade em outro país, a rotina longe de casa, tudo isso me trouxe uma outra forma de olhar pra arte, mais pausada, mais escuta. Mas ela nunca parou de pulsar aqui dentro.

Deixei a arte vir como a intuição mandava: pintei quadros, cantei, escrevi…

Nos últimos anos, senti que era hora de voltar pra cena. Não como um retorno ao que foi, mas como um reencontro com quem eu sou agora. Mais inteira, mais consciente, mais disponível.

Participei de mais de 18 projetos em um único ano — coisa que eu mesma demorei pra acreditar. E em dois deles, Camila Dibujos e Misión Europa, como protagonista, senti que consegui colocar pra fora tudo o que venho acumulando em silêncio nos últimos anos.

Gosto do que é íntimo, do que tem alma. Me atraem as atmosferas, as histórias que tocam fundo, o sensível, o imperfeito. Acredito que a arte não precisa ser gigante pra ser profunda. Ela só precisa ser honesta.

E é com essa verdade que eu escolho estar — em cena, na vida, comigo mesma.

Com carinho,

Bruna.

a

Apparently we had reached a great height in the atmosphere, for the sky was a dead black, and the stars had ceased.

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